Grande engano, um povo sem memória não teria a força necessária para arrancar desenvolvimento tão grande em tão pouco tempo. Povo sem memória é povo sem passado e, portanto, sem experiência adquirida para viver o presente e sem potência cultural para viver o futuro.
Não foram o acaso ou sorte os construtores de Anahy, muito pelo contrário, nossos pioneiros enfrentaram uma árdua luta econômica social e cultural, somada ainda ás duras condições de vida numa terra inexplorada e distante dos grandes centros. As lembranças do passado, foram transmitidas de geração à geração e deram sustentação necessária para que os problemas fossem enfrentados e vencidos pela nossa gente. Hoje a realidade é outro. Mas a luta continua e é parte para que possamos ganhar força, que o Departamento de Educação e Cultura organizou o presente trabalho, através do qual pretende resgatar um pouco da história do Município, seus aspectos políticos, culturais e sociais, o presente trabalho está voltado principalmente a estudantes, que muito tem nos procurado em busca de dados sobre o Município.
A história de Anahy está ligada à cultura cafeeira e a fertilidade de suas terras.
A COBRINCO – Companhia Brasileira de Imigração e Colonização, era a colonizadora das terras. O primeiro nome dado a localidade, em 1.959, foi Pingo de Ouro, mas o nome foi mudado em homenagem a uma das filhas do gerente da Companhia que tina o nome de Anahy.
O Município de Anahy foi colonizado por duas frentes: Sulistas e Nortistas. Sabedores da fertilidade da terra e em busca de um futuro melhor, no ano de 1.950, chegou aqui um dos primeiros pioneiros: o Srº Ricardo Pfeffer, juntamente com sua esposa Matilde Hake Pfeffer, que adquiriram da COBRINCO, 13 alqueires de terra, e passaram a dedicar-se ao plantio de café.
“Conta o Srº Ricardo, que quando abria picadas no mato, passava em um rio em que havia muitos porcos do mato, então matou dois deles, e a partir daí, o rio passou a ser chamado de Rio dos Porcos”.
Ainda desabafa: Era um tempo difícil, mais deixou saudades.
Em 1.955, chegaram novas famílias, vindas de Minas Gerais e São Paulo, as famílias de Antonio Felisberto, Sebastião Miguel e Antonio Mazzocatto, que fixaram residência em Anahy. As primeiras casas de comércio estabelecidas em Anahy, foi no ano de 1.959, que pertenciam aos Srs. Antonio Mazzocatto, José Guerra e a Pedro Ladaniski, neste ano houve uma seca muito grande, e a agricultura sofreu muito com isso.
Demonstrando grande religiosidade e fé, Srº Ricardo, juntamente com os demais colonizadores, construíram a primeira Capela em louvor a Sant’Ana, padroeira da Cidade.
Contam-se que Antonio Mazzocatto, se apaixonou por Ana, filha de José Guerra, a qual era muito religiosa, mesmo não se casando com Ana, Antonio em homenagem a ela, atribuiu a Padroeira do local o nome de Sant’Ana.
Padroeira do Município
Ana e Joaquim possuíam certa fortuna que lhes proporcionavam uma vida folgada. As suas rendas anuais dividiram-no em três partes, das quais duas, destinavam aos pobres e a Igreja, e uma parte reservavam para seu sustento.
Muito se afligiram por não terem um filho, Joaquim e Ana vivam em constante oração, para alcançar a graça de ter filhos, aconteceu que um dia por intermédio de um anjo, teve a seguinte revelação: “Joaquim, sua oração foi ouvida, um filho te será dado, a quem darás o nome de MARIA”, desde a sua infância será consagrada a Deus, e cheia do Espírito Santo, e será a Mãe de Jesus. Sant’Ana, teve uma revelação idêntica. Assim a lenda, o que nela há de verdade não sabemos, sabemos com certeza que Sant’Ana é a mãe de Maria Santíssima.
Fonte: Prefeitura Municipal de Anahy.