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CAMPINA DA LAGOA

Chegaram os primeiros pioneiros e o povoado cresceu e tornou-se no município de Campina da Lagoa, que continua desenvolvendo-se no centro oeste do estado do Paraná, ao longo do Vale do Rio Piquiri.

Mas há muitos anos atrás, nesta vasta região, eram só matas, índios, paraguaios e denominação espanhola.

Tudo tem um princípio, uma base, por isso começamos narrar a história de Campina da Lagoa a partir desta base.

Retrocedendo ao passado de nossa história, notamos que as terras ocidentais do Paraná, mais precisamente a região do Guairá, estava sob a governação espanhol, que dominando o Paraguai estendia-se ao ocidente paranaense.

Por esta região, Alvar Nunes Cabesa de Vaca e o próprio governador do Paraguai Martines Irala, estiveram á procura de locais onde pudessem iniciar povoamentos espanhóis para garantir a posse definitiva do território e para exploração de milhares de índios subjugados aos serviços espanhóis, os índios reagiram e assim em 1608, século XVII, através da carta régia de Felipe III da Espanha , foi criada a província Del Guayrá, na qual estava incluídas as terras do ocidente paranaense.

Portanto neste idos tempos pertencemos, por muitos anos, no reino de Guairá. Por mais de um século os espanhóis dominaram o território oeste paranaense. Somente em 1750, século XVIII, pelo tratado de Madri, com fundamentação no argumento do “UTI POSSIDENTIS”, do célebre brasileiro Alexandre Gusmão, onde as terras conquistadas deveriam pertencer a quem as tivessem ocupando, foram resolvidas as fronteiras ocidentais do Paraná.

Este tratado de Madri ficou definitivamente ratificado pelo tratado de Santo Ildelfonso em 1777.

Apesar deste início comum a toda região do oeste paranaense, Campina da Lagoa tem uma história diferente mista de aventuras e lendas. Os primitivos habitantes, que viveram nesta região centro-oeste, foram índios e entre eles os caingangues. Prova disto são os diversos vestígios deixados e encontrados como fragmentos de cerâmica,  implementos de pedras e borra de ferro. No município encontrou-se sinais deixados por eles na propriedade do Sr. Antônio Mochi, denominada Fazenda Bom Jesus e também as margens do rio Azul.

Nos tempos passados, os caingangues, descendentes do Gê ou tapuias ocupavam um enorme território, que podemos salientar deste o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná até o estado de São Paulo.

Hoje ainda o estado do Paraná, apresenta índios caingangues que já vivem integrados e civilizados. Evidencia-se ainda, que no período pré-pioneirismo, os paraguaios ficavam alojados num local denominado Acampamento Grande, próximo onde é hoje o distrito de Herveira, município de Campina da Lagoa. Vinham em busca da coleta da erva mate, que era nativa e abundante na região. Faziam o tráfico, possivelmente para o Paraguai, através de carroções para vende-la. Ainda hoje existe a estrada pela qual faziam o itinerário e que corta o município.

Algum tempo depois dos índios e paraguaios deixaram a região, começaram a surgir os primeiros pioneiros. Entre eles, Joaquim Luiz Pereira, cognominado por Joaquim Carula e Salvador Ananias Pereira que, com seus acompanhantes, encontraram objetos que comprovem a permanência dos paraguaios neste local como lataria, eixo de carroção, panelas e o babaquá, que é um forno para secagem da erva mate.

Fonte: Prefeitura Municipal.

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