Data dos longínquos anos de 1946 a 1948 as primeiras andanças de pioneiros, em solo guaporemense, de um lado vindos de cochilhas como que trazidos pelos ventos dos pampas, de outro, a exemplo dos bravos bandeirantes, da então promissora paulicéia, imbuídos do espírito de aventura e o desejo ardente de expandir a cafeicultura brasileira na época ainda, o grande marco da economia nacional.
A fertilidade do solo margeante do rio Avaí, a terra nova, própria à lavoura, contribuíram para que os primeiros povos aqui se instalassem.
Conta uma lenda que em território missioneiro, local onde hoje está situado a cidade de Mirador, havia uma missão jesuíta, com a finalidade de catequizar os indígenas da região, remanescente Botocudos, Caiangangues e xetás.
E conta ainda a lenda que, havia no meio deles, um índio muito forte, responsável por grande parte da pesca e da caça, para alimentação da tribo chamado Guapo, e, que devido a força e agilidade, singrava o rio Ivaí numa pequena canoa, transportando índios e jesuítas de uma margem a outra e que, era comum ouvirem esta imprecação: Guapo… rema, Guapo…rema, Guapo…rema, pois o índio inspirava confiança e segurança aos passageiros daí, dizem os antepassados, se originou o nome Guaporema.
Outra versão histórica é que foram os primeiros colonos, gaúchos oriundo de uma cidade chamada Guaporé, RS, de onde criaram o nome Guaporema. O certo é que para cá vieram e ainda vivem, além de gaúchos, muitos paulistas, capixabas, baianos, pernambucanos, paraibanos, catarinense e paranaense de outras regiões do estado, que com seu trabalho, suas experiências, estão fazendo de Guaporema uma grande cidade.
Quando da sua fundação o povoado de Guaporema pertencia ao território do município de Peabirú, sendo colonizado pela companhia colonizadora São José, de Scrivant Lemos e Cia.
A solenidade de fundação do pequeno povoado se deu a 30 de abril de 1952, quando foi celebrada a primeira missa.