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QUATRO PONTES

A localidade de Quatro Pontes surgiu na década de 50, através da colonização organizada pela empresa Industrial Madeireira Colonizadora Rio Paraná S/A MARIPÁ, que tinha sede na cidade de Toledo.

Esta companhia tinha adquirido, em 1945, os direitos sobre as terras da companhia inglesa “Madera del Alto Paraná”, com o objetivo de: derrubar a mata; assentar colonos Riograndenses e Catarinenses, principalmente de origem Alemã e Italiana; comercializar a madeira extraída e a produção das colônias e estabelecer núcleos urbanos.

A previsão pela companhia colonizadora do estabelecimento de núcleos urbanos, estrategicamente localizados dentro da gleba e com finalidade pré-determinada, concretizou-se e desenvolveu-se nas áreas que hoje se constituem a cidade de Marechal Cândido Rondon, seus 9 distritos dos Municípios desmembrados, entre eles a cidade de Quatro Pontes.

A partir de 1951 começaram a radicar-se, os primeiros colonos vindos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, trazidos pela Companhia MARIPÁ. A localidade de Quatro Pontes era então uma vila onde se situavam o armazém de provisões gerais para atender as necessidades da população, a Igreja, a Escola e algumas casas; a maioria dos colonos estavam estabelecidos na área rural.

A extração madeireira foi uma das primeiras atividades comercial importante, que permeou a ocupação da região e favoreceu o surgimento de indústrias de beneficiamento de madeira, fomentando o comércio, atraindo os habitantes das áreas adjacentes até este pequeno núcleo de desenvolvimento, que posteriormente se solidificou como polo de um comércio forte, consubstanciando-se como o futuro Município de Quatro Pontes.

A companhia MARIPÁ realizou uma divisão de terra em propriedades com área média de 25 hectares, dimensões estas que ainda hoje caracterizam uma estrutura fundiária com pequenas e médias propriedades na região de Quatro Pontes.

A localidade de Quatro Pontes pertencia primeiramente ao Município de Toledo e, após a emancipação do Município de Marechal Cândido Rondon, passou a ser distrito administrativo deste, pela Lei Municipal nº 31, de 31 de julho de 1962. Ainda em 1962 foi elevado a distrito judiciário pela Lei Estadual nº 3.668, de 31 de dezembro.

A principal atividade agrícola do Estado do Paraná, na época do surgimento de Quatro Pontes, era a Cafeicultura. Este cultivo atraiu os colonos locais, porém não se adaptou à região: a geada de 1955 frustrou as expectativas da cafeicultura e os colonos, de origem do sul e pouco acostumados a essa cultura, concentraram seus esforços em policulturas e criação de subsistência, bem como na criação de suínos. A Suinocultura, constituiu-se em uma opção apropriada, dado as características culturais dos colonos e ao pequeno tamanho dos lotes em média de 25 ha., destacando-se, ainda hoje, na economia do Município de Quatro Pontes.

Na década de 70 deu-se uma profunda modernização na agricultura com a integração da cultura mecanizada; a soja passou a ser o cultivo predominante, junto com o milho e o trigo. Este cultivo, entretanto, não é rentável em propriedades de 25 hectares, o que veio a provocar a anexação das pequenas propriedades, diretamente pela compra ou pela locação, de forma a otimizar a exploração agrícola.

A profunda transformação ocorrida na agricultura de Quatro Pontes mostrou dois sérios problemas: uma estrutura fundiária de pequenas propriedades inadequada para os novos cultivos totalmente mecanizados; o êxodo dos agricultores que não puderam adaptar-se a essa transformação, migrando para as grandes cidades e outras regiões da nova fronteira agrícola: Paraguai, Mato Grosso, Rondônia, etc...

A cidade de Quatro Pontes foi consolidando-se na sua região e em 24 de março de 1990 aconteceu um plebiscito votando pelo desmembramento de Marechal Cândido Rondon. Em 13 de setembro desse mesmo ano foi criado o Município de Quatro Pontes pela Lei Estadual 9.368, a instalação oficial deu-se no dia 01 de janeiro de 1993.

   

Fonte: Prefeitura Municipal

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