pinheiro

Pinho, pinheiro-do-paraná, pinheiro-brasileiro, pinheiro-caiová, pinheiro-das-missões, pinheiro-são-josé, são algumas das denominações pelas quais o pinheiro é conhecido, sendo seu nome científico Araucaria Angustifolia, pertence a família Araucariaceae.
 
Seu habitat natural é em florestas subtropicais, a uma altitude entre 500 e 1800 m, ocorrendo na parte leste e central do Planalto Sul – brasileiro, abrangendo Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, e em manchas esparsas em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.




No Paraná a área de distribuição do pinheiro é bem definida. Limita-se a leste pela Serra do Mar e a oeste, avizinha-se das florestas latifoliadas tropicais e subtropicais da bacia do rio Paraná e seus afluentes Iguaçu, Piquiri e Ivaí, até aproximadamente 54° W. Ao norte, limita-se pelas formações tropicais mais quentes (23° 30’S) ocorrendo em todo o sul do Estado.

Nestes habitats cresce associado a árvores como: o cedro, a erva-mate, a canela, a imbuia e a palmeira-jerivá.

Comparado com o crescimento de outras coníferas exóticas, o desenvolvimento do pinheiro-do-paraná, se processa de modo relativamente lento, podendo atingir até 500 anos de idade.

A árvore de porte altivo, com altura entre 24 e 35 m, excepcionalmente chega a 50 m. Com tronco reto e cilíndrico possui 1 a 2 m de diâmetro, apresentando casca grossa, resinosa, acinzentada, rugosa e fendilhada.

Os galhos são longos levemente recurvados para cima, com densos tufos de folhas verde-escuras, lanceoladas e muito agudas.

Quando jovem, a planta possui copa cônica e a medida que atinge a idade adulta, toma o formato de taça ou candelabro, pela queda natural dos ramos inferiores que secam.

Sendo uma espécie dióica, o pinheiro apresenta exemplares machos que produzem flores masculinas popularmente chamadas mingote, pinheco, pichote, dedo, além de outras denominações e, flores femininas, as pinhas, com aproximadamente 20 cm de diâmetro, que pesando 1 kg, contém em média 120 sementes ou pinhões, sendo sua disseminação feita pelo homem; por aves como gralhas, maitacas, papagaios, tirivas, além de mamíferos como cutias, ratos, preás, ouriços, serelepes e macacos, garantindo a perpetuação da espécie.

Dos 7.500.000 hectares de primitivas florestas de araucária, no Paraná existem ainda 400.000 hectares, sendo que as maiores reservas se localizam na região de General Carneiro e Bituruna, em uma linha que vai de União da Vitória a Palmas.